Por serem plantas amplamente conhecidas e cultivadas sua
classificação tem despertado acalorados debates desde o ano 2000, quando
foi proposta nova classificação por Van den Berg & M.W.Chase,
baseando se em resultados de análises moleculares. Este estudo mostrou
que as espécies então conhecidas como Laelia brasileiras têm muito mais em comum com as Cattleya e Sophronitis do que com as Laelia da América Central.
Ou seja, não mais seria possível manter ambas no mesmo gênero, a não
ser que fosse criado um gênero muito extenso, incluindo todos os gêneros
que se situam entre os dois grupos de Laelia. As espécies tradicionalmente classificadas como Sophronitis estariam inseridas entre os gêneros que Guy Chiron e Vitorino P. Castro tratam como Dungsia e Hadrolaelia.
Como o grupo da América Central tem primazia sobre o nome Laelia, Van den Berg & Mark W. Chase optaram por transferir estas espécies para o gênero mais próximo, Sophronitis.
Dentre seus motivos citam a vantagem de não dividir as espécies em
gêneros menores com pouca variação genética, onde as relações de
parentesco seriam perdidas, a praticidade de utilizar um gênero já bem
conhecido e o razoável tamanho do gênero resultante, com cerca de
sessenta espécies, e finalmente, como as análises ainda não estavam
completamente concluídas, algumas das espécies poderiam trocar de
posição nos cladose teriam de mudar de gênero novamente caso os grupos
de espécies fossem divididos por gêneros menores. Sendo todas Sophronitis isto não será necessário. Assim, em adição às espécies pequenas e vermelhas, Van den Berg propôs que o gênero Sophronitis incluisse também todas as espécies de Laelia do Brasil.
Em 2002, taxonomistas brasileiros e franceses, descontentes com a
proposta de Van den Berg e Mark W. Chase, considerando a variedade
dessas plantas suficiente para a criação de gêneros independentes,
apresentaram proposta alternativa de classificação das espécies
brasileiras de Laelia em quatro diferentes gêneros menores e com mais afinidade morfológica, e subordinaram a um deles, Hadrolaelia, parte das Sophronithis tradicionais, mantendo Sophronitis somente as espécies similares à espécie tipo.
Em março de 2008, Cássio van Berg, devido a novos problemas verificados na classificação filogenética
deste grupo de espécies, foi proposta a inclusão de todas as Sophronitis e ex- Laelia brasileiras em Cattleya. Baseia esta proposta nos resultados de suas mais recentes análises moleculares que situam algumas espécies de Cattleya e outras de Sophronitis sensu Van den Berg intercaladas nos clados.
Justifica ser esta a melhor solução para evitar a criação de novos
nomes no futuro quando o real relacionamento entre estas espécies for
finalmente desvendado.
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